Você sabia que Das 20 Regiões da Itália o Vale de Aosta, é a menor de todas?
Com sua extensão de apenas 3261 km² e com cerca de 34mil habitantes também é a região da Itália com menos habitantes.
As montanhas mais impressionantes da Europa, aldeias medievais, castelos, museus, igrejas, vestígios infinitos e antigos da presença do Império Romano fazem dessa pequena região uns dos destinos turísticos mais procurado da Itália.
Embora seja a menor das regiões da Itália no Vale de Aosta existem seis picos que ultrapassam os 4 mil metros de altitude: o Gran Paradiso, o Dente del Gigante, os Grandes Jorasses, o Matterhorn, o Monte Rosa e o Mont Blanc (a montanha mais alta da Europa).
Bem aqui, há uma parte – a outra fica no Piemonte – do Parque Nacional Gran Paradiso, o mais antigo parque da Itália.
E não só isso: o Vale de Aosta também possui mais de 300 geleiras e rios importantes, como o Dora Baltea, entre os principais afluentes dó rio Pó.
Mas se agora você está pensando que o Vale de Aosta, considerada a região mais francesa da Itália, é o destino ideal apenas para os amantes da natureza saiba que não é bem assim….
Quem é apaixonado por história, arte, cultura e gastronomia, de fato, não ficará desapontado.
O Império Romano aqui deixou a sua marca no território de forma significativa e não faltam castelos antigos e algumas das áreas megalíticas mais interessantes da Europa para visitar.
E se você é um viajante gourmet, daquele que optar por viagens para desfrutar da natureza, da gastronomia, da cultura e das paisagens que visita, e quer ‘saborear o mundo’ saiba que a tradição gastronômica e vinícola do Vale de Aosta é muito rica entre fondues encorpados, raclette, pierrade e, claro, genepy (ou genepì), o licor de ervas característico
Neste artigo você vai descobrir alguns dos locais mais importantes que merecem ser visitados, também alguns produtos típicos dessa maravilhosa região da Itália que vale a pena conhecer e que se você viajar para Itália deve experimentar.
Boa continuação!
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A região do Vale de Aosta foi ocupada em 1796 por tropas revolucionárias e incorporada à República Francesa em 1798, o Vale de Aosta fez parte do Império Francês de 1804 a 1814.
Com o Congresso de Viena e a restauração da monarquia dos Saboias voltou a pertencer ao reconstituído Reino da Sardenha, que foi transformado em 1861 no Reino da Itália, com a anexação da maior parte da península italiana e a perda de Nice e Saboia, anexadas Para França.
Durante as guerras do Ressurgimento e da Primeira Guerra Mundial, o tributo de sangue pago pelo povo do Vale de Aosta foi pesado.
A formação do Estado italiano levou ao surgimento de problemas políticos e culturais para o Vale de Aosta, ligados à sua particularidade política e linguística, que se agravaram durante o regime fascista.
As autoridades fascistas encorajaram a imigração massiva de todas as regiões italianas, enquanto a população local passava por um processo de italianização forçada ou era forçada a emigrar por razões econômicas ou políticas.
Estima-se que quase 4 milhões de italianos tiveram como destino o Brasil entre 1884 e 1939 em busca de uma nova vida e, calcula-se que cerca de 20mil vieram do Vale de Aosta
Em 1945, com a queda do nazi-fascismo, o Vale de Aosta obtive um regime especial de autonomia política e administrativa que lhe permitiu um considerável desenvolvimento económico e social.
Depois dessa rápida e pequena parte de história do Vale de Aosta imagino que deve estar com vontade de conhecer os lugares para visitar e quais os melhores produtos típicos para experimentar.
Bora, vamos dar uma voltinha
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A região do Valle d’Aosta além de ser uma das regiões da Itália com mais belezas naturais é rica de monumentos, castelos, fortalezas que são testemunhas de uma história antiga e gloriosa.
Preparei uma lista dos lugares mais importantes para você conhecer e vamos iniciar a nossa viagem partindo pela capital da região: Aosta.
Rainha indiscutível da região, Aosta, também chamada de a Roma do norte da Itália, é rica de vestígios arqueológicos como o teatro, a ponte, o anfiteatro e o Arco de Augusto.
Mas não faltam monumentos mais recentes como o Complexo Românico de S.Orso e a Catedral, construída a partir do século XI, símbolo da devoção religiosa dessa cidade.
Passear pelo centro de Aosta é como mergulhar na história
A cidade, fundada em 25 a.C. pelo imperador Augusto, preserva todas as caracteriscas urbanas da antiga Roma e muitas obras dessa época como a fachada do Teatro Romano e parte das arquibancadas onde se acomodavam os espectadores e também a Porta Pretória e o Arco de Augusto.
A cerca de 20 km de Aosta, a quase 3000 metros acima do nível do mar, no coração do vale do Gran San Bernardo, se encontra Étroubles.
Pequena aldeia de apenas 500 habitantes, Étroubles é considerada uma das mais lindas da Itália e suas instalações de arte permanente a tornam um verdadeiro museu ao ar livre.
Mas como te falei antes no Vale de Aosta é possível encontrar muitos castelos e fortalezas como o Castelo de Fénis, um exemplo magistral da arquitetura militar e civil do século XIV.
Outros famosos e lindos castelos são o de Saint-Pierre, o Castelo de Ussel, perto de Châtillon, o Castel Savoia em Gressoney Saint Jean.
Impossível não visitar a Fortaleza di Brad que, construída estrategicamente na entrada do Vale de Aosta para defender a área, logo se tornou um símbolo da região.
Aqui Napoleão provou a eficácia dessa estrutura, seu exército levou duas semanas de dura batalhas para poder ocupar a fortaleza.
Se Você quer uma experiência mística precisa fazer uma visita ao Santuário de Notre-Dame de Guérison, perto de Courmayeur.
O Santuário foi construído no século XIX para preservar uma estátua de Nossa Senhora venerada desde o século XVII.
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Se você for visitar o Vale de Aosta saiba que aqui vai ter uma experiencia gastronômica única e os queijos merecem um destaque.
O mais famoso?
A Fontina, um quejo Dop, Denominação de Origem Protegida, protagonista dos fondues, recheios e condimentos, pode ser doce, quando consumido fresco, ou picante e levemente salgado quando envelhecido.
Também é muito popular o Salignön, uma espécie de ricota picante.
O Blu d’Aoste, queijo macio e produzido exclusivamente com leite de fazendas localizadas acima de 700 metros acima do nível do mar, premiado com a medalha de ouro nos jogos olímpicos dos queijos das montanhas de 2005.
Depois dos queijos você não pode deixar de experimentar um outro produto típico do Vale de Aosta: a Mocetta
Um prestigioso presunto de cabra ou camurça (Rupicapra rupicapra) um capríneo que se encontra nos Alpes. Sua carne é aromatizada com especiarias e ervas das montanhas locais e deixada exsicar.
O presunto de Bosses (presunto cru de Bosses) é um outro produto DOP
Produzido no pequeno município de Saint-Rhémy-en-Bosses onde o clima é bastante seco e por ventar muito a carne não demora para exsicar rapidamente e de forma natural.
Todos os anos, em julho, Saint-Rhemy-en-Bosses presta homenagem ao Vallée D’Aoste Jambon de Bosses, o prestigioso presunto cru.
Um evento de quatro dias cheios de música, espetáculos de cabaré e obviamente muitas comidas e vinhos da região.
E como não falar do lardo d’Arnad, uma das mais exclusivas iguarias da gastronomia italiana reconhecida com o selo Dop.
Elaborado com a gordura retirada das costas dos porcos abatido no máximo 48 horas antes e alimentados apenas com ervas e castanhas.
A gordura fica imersa em água, sal especiarias, aromas naturais e vinho branco em antigos recipientes chamados “doils” feitos exclusivamente com madeiras nobres e aqui é deixada amadurecer por um mínimo de três meses.
O resultado é algo sensacional, praticamente se derrete na boca, deixando um sabor agradavelmente doce no paladar.Todos os anos, no último domingo de agosto, em Arnad tem a Féhta dou lar, um festival gastronômico desse prestigioso produto.
Até a famosa revista Forbes escreveu uma matéria sobre o lardo d’Arnad.
Outro produto típico do Vale de Aosta é o mel. Centenas e centenas de tipos de flores, ar puro e sem pesticidas fazem do Vale de Aosta o habitat perfeito para as abelhas e sua produção de “mel silvestre das montanhas”.
E como não experimentar o pão do Vale de Aosta chamado, por sua cor escura, de pan nér.
Por fim, para falar dos vinhos temos o branco Vallée d’Aoste Blanc de Morgex et de La Salle produzido nas viniculas do Mont Blanc, as mais altas da Europa e se gostar de um tinto sugiro o Vallée d’Aoste Chambave Rouge
Bom, o Vale de Aosta, a menor das regiões da Itália, além de ser um lugar paradisíaco, cheio de história, tem uma enorme variedades de produtos típicos que realmente vale a pena descobrir…e saborear
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